”Canções de Apartamento”

Escultava minhas ”Canções de Apartamento”,era um ”tempo de pipa” e a noite surgia os ”vagalumes cegos”,eu ia até o portão e atendia você ”pelo interfone”. Te chamava para tomar um café e a pergunta era sempre a mesma -”açúcar ou adoçante” ? Em meio a nossa conversa casual você me convidava a remar ”Laiá laiá” ”mas eu não tenho um barco disse a árvore”. Pra compensar fiz um ”ensaio sobre ela”,e foi assim que ”Cecília e os balões” se tornou meu ”ponto cego”.
- PriscylaScarlet 

O amor da Colombina.

Foi como um sopro de realidade em meio de toda aquela utopia,talvez criada por mim para fujir dos meus fantasmas da infância.
- O cenário era um circo caído.
Sinto hoje uma incapacidade de seguir em frente.
É como se o circo tivesse caído na minha cabeça e por fim eu vi o pierrot lá fora sorrindo.
Calma!! no mesmo segundo eu me vi aqui presa nos restos do lugar onde eu queria passar a minha vida inteira.Era minha própria utopia em pedaços...Me vejo sozinha, enquanto meu parceiro está lá fora sorrindo e seguindo como se não existisse nada ali,como se nada tivesse existido.
Não consigo pensar em nenhuma outra palavra para definir oque eu vivi,que não seja falsidade…
Em meio de tanta falsidade oque se vê é uma pobre e desprezível colombina em pedaços.
Vendo e falando que o seu pierrot era uma esfinge… indecifrável, indiscutível,alguém fora de qualquer realidade humana,sem nenhum vestígio de sentimentos ou compaixão, que sorria enquanto via o mundo que ele ajudou com tanta farsa a construir, simplesmente acabar.
- PriscilaScarlet